quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Responsabilidade

Ester 4.14
”...pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família do seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?”

Um concurso de beleza para escolher uma esposa não é algo que aceitemos nos dias de hoje, mas foi assim que Ester tornou-se rainha, selecionada por Xerxes.
No palácio de Xerxes, no entanto, mandava Hamã. Hamã era vaidosíssimo. Todos se curvavam à sua passagem. Hamã era o cara.
Mardoqueu, pai de criação de Ester, não se prostrava à passagem de Hamã. “Sou judeu”, explicou Mardoqueu a alguns que vieram interpelá-lo sobre o porquê de ele não bajular Hamã. Os bajuladores foram a Hamã e fofocaram: “Mardoqueu não se prostra à sua passagem”. Hamã percebeu que era verdade, se aborreceu, enrolou o rei e saiu da sala do trono com um decreto que marcava dia e hora para o extermínio de todos os judeus do reino.
Chegamos ao texto que encima esta reflexão. Mardoqueu diz a Ester que ela, na posição que ocupava, poderia interceder pelos judeus. O socorro para os judeus viria, Mardoqueu não duvidava, mas Ester precisava compreender que chegara a posição que ocupava para fazer diferença.
“Com os grandes poderes vêm as grandes responsabilidades”, disse o Tio Ben a Peter Parker. Quanto mais podemos, mais responsabilidades temos. Um crente que é governador precisa dar excepcional testemunho, sob pena de arrastar na lama o nome dos cristãos.
É lícito quando oramos pedindo sucesso na carreira. Quem não pede a Deus para ser favorecido em uma promoção profissional? Entendo que devemos pedir tudo a Deus, mas lembremo-nos de pelo menos duas coisas: a resposta de Deus pode não ser a que almejamos e quando é convém atentarmos para a série de deveres que teremos.

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